MUSE07 – Seminários em Composição II

Professor: Marcos Sampaio (sampaio.marcos@ufba.br)

Plano de curso da disciplina Seminários em Composição II, do Mestrado em Música da UFBA, área de Concentração em Composição.

Esta página é um espelho da página oficial do curso, no AVA/Moodle UFBA.

1. Ementa

Aprofundamento do estudo teórico-prático de tópicos da composição musical debtrada no processo do compor abordado no componente Composição Musical I. Prática composicional e exame de partituras de música de diversos estilos e meios de execução. Composição de uma ou mais obras musiciais.

2. Objetivos

O principal objetivo deste seminário é refletir e buscar uma resposta prática à questão “Como criar uma obra musical com elevada sofisticação textural e conectada ao meu projeto de pesquisa?”.

Ao final do curso espera-se que o estudante seja capaz de:

  1. Utilizar variados princípios de criação e manipulação de textura na Composição Musical.
  2. Compor em formato de miniatura.
  3. Compor para formações camerísticas diversas, como quarteto de cordas, quarteto de trombones, etc.
  4. Explorar conceitos musicais conectados com projetos individuais de pesquisa.

3. Conteúdo Programático

  1. Conceitos e tipologia de textura
  2. Qualificação e quantificação
  3. Progressão e recessão textural
  4. Análise particional de textura
  5. Textura e forma
  6. Relações entre textura e projetos individuais
  7. Composição de miniaturas
  8. Composição de Música de Câmara

4. Metodologia

Aulas dialógicas, com contribuições igualitárias. O semestre terá duas partes. Na primeira terá ênfase em aspectos técnicos sobre textural musical e realização de experimentos. Na segunda, terá destaque o elaboração da composição final e discussão a respeito das relações entre textura, projeto individual e o trabalho de composição.

As discussões virtuais são estimuladas e ocorrerão com o suporte das ferramentas do AVA/Moodle.

5. Ambientes virtuais

O AVA/Moodle da UFBA será utilizado para entrega de trabalhos e discussão virtual.

6. Avaliação

A avaliação do desempenho ocorrerá mediante trabalhos acompanhados semanalmente, composição e relatório final.

6.1. Trabalhos

Descrição de trabalhos.

6.1.1. Devaneios composicionais

Experimentos composicionais de curta duração para exploração de ideias e conceitos. O aspecto experimental é mais importante do que o próprio resultado. Duração de até 2 minutos.

6.1.2. Composição final

Obra para formação de câmara a definir, com mínimo de 8 vozes, com uso da textura como determinante composicional e relacionado ao projeto individual de pesquisa no PPGMUS. Duração de 5 a 8 minutos. Entrega de partitura e áudio.

6.1.3. Consultas

Durante a elaboração da composição final, o trabalho será apresentado e discutido semanalmente, mediante entrega de partitura e relatório.

6.1.4. Relatório final

O relatório deverá conter a apresentação das relações entre a composição final, o uso da textura como determinante composicional e o projeto individual de pesquisa no PPGMUS. Considerar publicação posterior em eventos.

6.2. Nota

A nota do semestre será a média ponderada dos seguintes trabalhos:

Item Peso
Devaneios composicionais 3
Acompanhamento da composição final 2
Composição final 3
Relatório final 2

Todos os trabalhos deverão ser entregues pelo AVA/Moodle no prazo determinado.

Notas em 2022.2

Matrícula Nota Resultado
2022118216 6.0 AP
2022118172 10.0 AP
2022118181 6.0 AP
2022118190 10.0 AP
2022118207 10.0 AP

6.3. Critérios

Os critérios gerais de avaliação são:

  • Cumprimento do objetivo do trabalho
  • Equilíbrio
  • Capacidade de explorar recursos de composição
  • Capacidade de explorar os domínios da música (timbre, altura, duração, textura, etc.)
  • Cuidados com a apresentação da partitura (composições)
  • Criatividade

As notas serão definidas de acordo com o seguinte critério:

Nota Entregue Solicitações cumpridas Aspecto de interesse especial Aspecto de algum interesse
100% X X X -
90% X X - X
80% X X - -
50% X - X -
40% X - - X
10% X - - -
0% - - - -

7. Cronograma

Aula Data Dia Tópico
  16-08-2022 Ter Reservado para semana inaugural
1 23-08-2022 Ter Apresentação. Conceitos e tipologia
2 30-08-2022 Ter Qualificação, quantificação, progressão e recessão
3 06-09-2022 Ter Análise particional de textura
4 13-09-2022 Ter Textura e forma
5 20-09-2022 Ter Projetos individuais
6 27-09-2022 Ter Consultas e análises
  04-10-2022 Ter Ausência do professor. Data a confirmar
  11-10-2022 Ter Ausência do professor. Data a confirmar
7 18-10-2022 Ter Consultas e análises
8 25-10-2022 Ter Consultas e análises
9 01-11-2022 Ter Consultas e análises
10 08-11-2022 Ter Consultas e análises
  15-11-2022 Ter Feriado
11 22-11-2022 Ter Consultas e análises
12 29-11-2022 Ter Entrega de trabalhos
13 06-12-2022 Ter A definir

8. Obras para análise

  1. Alberto Ginastera. Piano Sonata n. 2. Mov. 1;
  2. Anton Webern. Fünf Sätze für Streichquartett, op. 5. Mov. 3;
  3. Edvard Grieg. Piano Sonata in E minor, op. 7. Mov. 1;
  4. Franz Schubert. String Quartet n. 14 (Maiden and Death), d
  5. Gyorgy Ligeti. Atmosphères;
  6. Gyorgy Ligeti. Lux Aeterna;
  7. Gyorgy Ligeti. String Quartet;
  8. Heitor Villa-Lobos. Rudepoema;
  9. Krysztof Penderecki. Threnody;
  10. Lili Boulanger. Trois morceaux pour piano;
  11. Ruth Crawford Seeger. String Quartet (1931)

10. Bibliografia

  1. Alves, José Orlando. 2005. “Invariâncias e Disposições Texturais: Do Planejamento Composicional à Reflexão Sobre o Processo Criativo.” PhD Dissertation, Unicamp.
  2. Berry, Wallace. 1987. Structural Functions in Music. New York: Dover Publications, Inc.
  3. Gentil-Nunes, Pauxy. 2009a. “Análise Particional: Uma Mediação Entre Composição Musical e a Teoria Das Partições.” Ph.D. Dissertation, Universidade Federal do Rio de Janeiro.
  4. Gentil-Nunes, Pauxy. 2013. “Partitional Analysis and Rhythmic Partitioning: Mediations Between Rhythm and Texture.” In 13th International Music Theory Conference, 44–51. Vilnius, Lituania.
  5. Gentil-Nunes, Pauxy. 2017. “Teorias Analíticas Sobre a Textura Musical No Brasil.” In Teoria e Análise Musical Em Perspectiva Didática, edited by Ilza Nogueira, 139–51. Salvador: TeMA.
  6. Klein, Michael. 1999. “Texture, Register, and Their Formal Roles in the Music of Witold Lutosławski.” Indiana Theory Review 20: 37–70.
  7. Moraes, Pedro Miguel De. 2016. “Densidade Textural e Morfologia No Planejamento Das Três Peças Do Ciclo Dimensões , Para Orquestra de Câmara.” Master Thesis, Universidade Federal da Paraíba.
  8. Silva, Christian Perrota da. 2018. “Por Uma Definição Unificada de Textura Musical.” Dissertação de mestrado, Universidade Federal da Bahia.
  9. Sousa, Daniel Moreira de. 2015. “Perspectivas Para a Análise Textural a Partir Da Mediação Entre a Teoria Dos Contornos e a Análise Particional.” Dissertação de mestrado, Universidade Federal do Rio de Janeiro.
  10. Sousa, Daniel Moreira de. 2016. “Contornos Musicais e Textura: Perspectivas Para Análise e Composição.” In Anais Do IV SIMPOM - Simpósio Brasileiro de Pós-Graduandos Em Música, 99–109.
  11. Sousa, Daniel Moreira de. 2019. “Textural Design: A Compositional Theory for the Organization of Musical Texture.” Ph.D. Thesis, Universidade Federal do Rio de Janeiro.